domingo, 14 de setembro de 2014

Pontos mágicos da venda

A sua empresa tem um sistema de CRM (Customer Relationship Management) cheio de oportunidades de venda e os seus vendedores saem todos os dias a correr a bater de porta-em-porta para encontrar novas oportunidades de venda mas mesmo assim a sua empresa não consegue fechar vendas suficientes para cobrir as despesas e obter os objectivos de lucro para remunerar os investidores.

O funil de vendas da sua força de vendas é vasto mas a maior parte das oportunidades não passam da fase de proposta. Os seus vendedores entregaram muitas propostas mas só conseguem fechar um número reduzido de oportunidades de venda.

As oportunidades em "pipeline" são tantas que não há tempo para fazer o seguimento de todas elas. Naquelas em que se consegue  fazer o seguimento, não se consegue negociar com o cliente ou conseguir com que formalize a encomenda (fecho da venda).

Se isto está a acontecer na sua empresa, algo está mal. Talvez os seus vendedores não estejam a observar os pontos mágicos da venda nem a verificar a existência do "compelling event".

Quer saber quais são os pontos mágicos da venda e como verificar a existência do "compelling event"?



Alfredo Simões
Consultor de empresas



Por favor, deixe-me saber a sua opinião na secção de comentários abaixo.




quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Emprego para seniores

Manuel (nome fictício), ex-director numa multinacional americana, depois dos seus 45 anos ficou desempregado em 2005 após uma dança de cadeiras motivada pela fusão da empresa com outra que acabara de adquirir.

Inscreveu-se no desemprego e começou a procurar uma colocação compatível. Como não conseguiu encontrar nada de  imediato decidiu iniciar a sua própria actividade como empresário individual. Essa actividade tem-lhe garantido a sobrevivência.

Actualmente face à crise e à queda do nicho de mercado em que tem trabalhado decidiu tentar outras alternativas:
  • Explorar novos mercados
  • Encontrar um emprego em Portugal
  • Emigrar

Explorar novos mercados

Nesta hipótese conclui que precisava de contratar alguém que se encarregasse da parte comercial do seu novo projecto a implementar. Colocou vários anúncios de emprego mas só responderam pessoas com falta de qualificações para vender e outras que preferem receber a miséria do subsídio de desemprego em vez de um rendimento base acrescido de comissões.


Encontrar um emprego em Portugal

Tem enviado múltiplos curriculum vitae mas foi convocado para poucas entrevistas onde se deparou com a concorrência de jovens que se apresentam às entrevistas em t-shirts cavadas. Invariavelmente recebe respostas automáticas à recepção do seu CV dizendo que têm muito boas qualificações mas encontraram um candidato que se enquadra melhor no perfil.

Recentemente encontrou uma oportunidade de trabalho numa multinacional que lhe interessou e respondeu. Como tem um amigo nessa empresa telefonou-lhe a pedir que metesse uma "cunha". O amigo ao fim de duas horas já tinha falado com a direcção de recursos humanos e disse-lhe: "Deram-me a resposta de que aqui a selecção começa na idade. Todos os CV's de pessoas com mais de 35 anos nem são lidos. Vão imediatamente para o lixo."


Emigrar

Nem fazer a vontade ao primeiro-ministro é possível para um pessoa com mais de 50 anos. Recebe invariávelmente a resposta: "You have a great experience but we found a better match."

Uma pessoa com 50 anos é velho para trabalhar e cada vez mais novo para se reformar, nem mesmo que tenha alguma doença crónica.


Que solução?

Parece-me que a grande solução será criar um ponto central de recepção de candidaturas para a criação de novas oportunidades - a criação de empresas compostas por 3 a 5 pessoas seniores com experiência em determinada área funcional para criarem uma organização típica aproveitando a experiência de cada uma das pessoas, como por exemplo a criação de uma empresa de prestação de serviços formada por:
  • 1 sénior com experiência comercial
  • 1 sénior com experiência técnica
  • 1 sénior com experiência de secretariado comercial e gestão administrativa
E aqui temos uma nova empresa e menos três pessoas no desemprego.

Eu sei, eu sei... já me estão a chamar lírico. E as dificuldades de criar uma empresa?

Respondo: E a falta de empreendedorismo e vontade de arriscar que existe em Portugal?

Acham, que esses senhores que controlam monopólios estão interessados em criar emprego para alguém? Eles estão interessados em maximizar o lucro e explorar a rotação de empregados pagos ao menor preço.

Portugal não vai a nenhum lado se não começarem a aparecer este tipo de iniciativas.

Hoje pode-se abrir uma empresa na hora, pode-se trabalhar a partir de casa e pode-se usar as tecnologias da internet que permitem que as pessoas estejam sempre em contacto através do Skype ou através do Hangout e trabalhar em colaboração através das tecnologias de cloud computing.

As três pessoas atrás exemplificadas podem estar cada uma delas a trabalhar na sua própria casa, num projecto único que é comum às três - a sua nova empresa que os tirou do desemprego. A primeira faz prospecção de clientes e venda de serviços, a segunda presta esses serviços e a terceira atende os contactos de clientes e executa as tarefas administrativas.

Para começar cada um precisa de ter internet e telefone em casa e um computador de preferência portátil. Poderão divulgar a empresa através de um site institucional num alojamento gratuito e comercializar através de uma loja online.

Isto é o início de um projecto que com planeamento, dedicação, empenho e também alguma sorte, poderá ser o início de algo que se poderá tornar grandioso e que fará concorrência aos monopólios, usufruindo de baixos custos de operação.

Só assim teremos futuro.

Não sabem como começar? Peçam ajuda.

Utilizem este "post" para começar a criar uma comunidade de pessoas que estejam interessadas neste tipo de iniciativas. Publicaremos todos os comentários com cariz positivo.



Alfredo Simões
Consultor de empresas



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